BAILARINAS | BALLERINAS
A natureza sempre me foi objeto de encantamento e ao caminhar por ela percebo que algo mágico existe ali, eu consigo enxergar detalhes, formas e movimentos em seres extraordinários que a mim se apresentam. Descubro delicadeza, leveza e graciosidade. Para mim todos esses seres dançam, rodopiam em todas as direções, em um bailado incessante, em uma coreografia ritmada. Tudo é movimento, suave e harmônico de uma dança, leve e belamente executada. A vida é dançada. Ou, conforme disse Friedrich Nietzsche, "Devemos considerar dias perdidos aqueles em que não dançamos pelo menos uma vez.”
O que não é dança é objeto pra ela, é saia de tule, é sapatilha de ponta. Carrego esses seres e esses objetos da natureza para fora de seu habitat. No fundo negro, que não é o vazio, mas sim o palco, entre luzes e sombras, os seres em movimento levitam e se alongam como se personagens fossem de uma coreografia mágica. Como as figuras etéreas ou seres encantados e sobrenaturais, as dríades e as fadas, pelas quais iremos nos apaixonar, assim como James se apaixonou por sua Sílfide em La Sylphide.
Nature has always been an object of enchantment to me and when I walk through it I realize that something magical exists there, I can see details, forms and movements in extraordinary beings that are presented to me. I discover delicacy, lightness and gracefulness. For me all these beings dance, whirled in all directions, in an incessant ballet, in a rhythmic choreography. Everything is movement, soft and harmonic of a dance, light and beautifully executed. Life is danced. Or, as Friedrich Nietzsche said, “We should consider every day lost on which we have not danced at least once.”
What is not dance is the object for it, it is skirt of tulle, it is cutting-edge ballet shoes. I carry these beings and these nature objects out of their habitat. On the black background, that is not the emptiness, but the stage, between lights and shadows, the moving beings levitate and stretch as if characters were of a magical choreography. As the ethereal figures or enchanted and supernatural beings, the dryads and fairies, for which we will fall in love, just as James fell in love with his Sylphide in La Sylphide.